PROJETO
POLÍTICO PEDAGÓGICO: “O NORTE DA ESCOLA”
Fernando Osório Pereira
(fernando2308@yahoo.com.br)
Palavras-chave:
Autonomia,Trabalho Coletivo, Avaliação,
Identidade e Inovação.
No
módulo III do Progestão, caderno de estudo “Como promover a construção coletiva
do projeto pedagógico da escola?” é o módulo mais importante de todos, pois
nele trata do Projeto Político Pedagógico e nos orienta quanto a importância de
todos os segmentos da escola (gestores, alunos, professores, funcionários pais
e comunidade local) caminharem juntos, procurando resolver os problemas que
aparecem e criando novas alternativas para a melhoria da educação oferecida a
comunidade. Nesse sentido, o trabalho realizado pelos vários segmentos da
escola tem se mostrado um aspecto fundamental, pois como diz o ditado popular,
“ sonho que se sonha só é apenas um sonho que se sonha só, mais sonho que se
sonha junto vira realidade”.
Como
todos sabemos, a construção do PPP está fundamentado na Lei de Diretrizes e
Bases da Educação Nacional – Lei n° 9.394/96 e está relacionada a três grandes
eixos: o eixo da flexibilidade, da avaliação e da liberdade. Considerando esses
três grandes eixos, a LDB reconhece na escola um importante espaço educativo e
nos profissionais da educação uma competência técnica e política que os
habilita a participar da elaboração do seu projeto pedagógico. A escola não
deve elaborar seu projeto apenas devido a uma exigência legal, mais sim a
partir da necessidade de inovar a ação coletiva no cotidiano de seu trabalho. O
PPP é portanto, o instrumento que mostra a intencionalidade da escola como
instituição, indicando seu rumo e sua direção. Dessa forma, embora a prática
seja importante para o estudo da escola e, consequentemente, para as propostas
de inovação do seu contexto, a teoria também é muito importante para a U.E
avaliar as dimensões e os principios que orientarão a construção do Projeto
Político Pedagógico. A prática quando é bem fundamentada pela teoria, pode
levar os vários segmentos a alterarem sua ação para melhor, tornando-se mais
consistente e inovadora.
Há
várias formas de construir, o projeto pedagógico. Cada escola é única em sua
realidade e nas relações que seus segmentos estabelecem entre si. Nesse
sentido, qualquer sugestão apresentada precisa ser adaptada à realidade do
projeto a ser construído. Um fator de destaque dentro da construção do projeto
em questão é a avaliação. A mesma precisa preocupar-se com os múltiplos
aspectos do seu processo de construção, cobrindo um grande número de questões
que vão desde aquelas especificamente voltadas para o processo ensino
aprendizagem desenvolvido em sala de aula até outras que tratam do trabalho da
escola com um todo. Lembro ainda que, a construção do projeto pedagógico é um
processo compreendido por três momentos interligados: diagnóstico da realidade
da escola, levantamento das concepções do coletivo da escola e programação das
ações a serem desenvolvidas por todos os sujeitos da escola. Todos esses
momentos passam por um processo de avaliação que permite ao grupo caminhar do
rela para o ideal, desenvolvendo ações viáveis, possíveis de serem
implementadas. Portanto, ações que requerem planejamento e avaliação desde o
diagnóstico até a execução das ações.
A
medida que todos querem algo mais,falta, portanto, articular esse “algo a
mais”, negociar suas implicações de modo a construir uma proposta, não do turno
ou do setor, mais da escola. Enfim, uma proposta que servirá como referência de
instrumento para ação coletiva.
Referências
Marçal, Juliane Corrêa.. Progestão
: como promover a construção coletiva do projeto político pedagógico?, módulo
III / Juliane Corrêa Marçal, José Vieira de Sousa; ; coordenação geral Maria Aglaê de Medeiros
Machado. --Brasília : Consed – Conselho Nacional de Secretários de Educação, 2001.
VEIGA, Ilma Passos Alencastro.
Projeto político-pedagógico da escola: uma construção possível. In: VEIGA, Ilma
Passos Alencastro (Org.). Projeto político-pedagógico da escola:uma construção
possível. 2. Ed. Campinas: Papirus, 1996, p.11-35.
Colégio Est. Padre Gama: Projeto
Político Pedagógico, 2010.