ESCOLA ESPAÇO DE PARTICIPAÇÃO
Fernando Osório Pereira
(fernando2308@yahoo.com.br)
Palavras-chave:
Gestão Democrática, Autonomia, Cidadania e Humanização.
No
módulo II do Progestão, caderno de estudo “como promover, articular e envolver
a ação das pessoas no processo de gestão escolar?”, nos orienta quanto a participação
da comunidade escolar nas
responsabilidades compartilhadas para que favoreça a educação. A função da
escola vai muito além do ensino pedagógico. Formar cidadãos politizados, com
poder de decisão e capazes de agir e interagir no meio em que vivem deve ser a
missão das escolas comprometidas com a sociedade. Mais para que isso aconteça é
necessária uma ação conjunta entre todas as partes interessadas.
Lembro
ainda que, a comunidade escolar é composta por vários segmentos, dentre eles:
os pais, os alunos, os funcionários, professores e a equipe diretiva, sendo
que, para que a mesma possa atingir os seus objetivos é preciso contar com o
apoio de todos. Uma maneira de promover a interação desses segmentos é por meio
do colegiado escolar, um modelo de administração coletiva, em que todos
participam dos processos decisórios e do acompanhamento, execução e avaliação
das ações nas unidades escolares, envolvedo as questões administrativas, financeiras
e pedagógicas. Não tem como atribuir mais importância a um segmento do que ao
outro. A equipe gestora que não contar com o apoio de um dos segmentos não
produzirá os resultados almejados. O apoio torna-se possível quando a
participação de cada pessoa é valorizada dentro da unidade de ensino a qual
pertence e assim a sua visibilidade para o fim principal que é a escola.
Possibilitar
oportunidades para que todos possam ajudar faz a diferença. É preciso, também,
saber receber a crítica não como uma visão simples de oposição, mais como uma
contribuição para que se estabeleça o necessário debate. É do contraditório que
vamos cultivar consciências e vamos caminhar, cada um no seu tempo mais
certamente na mesma direção, ou seja,
com os mesmos propósitos. Respeitar a opinião de todos é para o processo de
gestão autônoma e democrática abrir caminhos para a história que será escrita
por cada um. As pessoas precisam de
satisfação ou reconhecimento social, a escola pode elaborar painéis com fotos
dos voluntários ou enviar certificados de agradecimento para valorizar quem
ajuda. Outro fator importante é permitir que as pessoas desenvolvam atividades
diferentes das que realizam diariamente. É claro que os voluntários, podem
contribuir com suas habilidades, mais porque não incentivar, por exemplo, que
um pai marceneiro ajude a restaurar livros ou valorize outra atividade que
agregue, além da satisfação de ajudar dar algum valor cultural para ele? A
escola será beneficiada com a contribuição e estará cumprindo seu papal de
educar para a cidadania.
Portanto,
diante de tudo que foi exposto é fácil notar que construir uma gestão
democrática exige tempo e planejamento e dá mais trabalho do que simplesmente
agir de forma diretiva. Contudo, os ganhos são enormes quando as decisões sobre
os gastos, a montagem do projeto político pedagógico e os instrumentos de
avaliação, entre outros, são compartilhados e a comunidade e a equipe se
sentem, de fato, parte da escola. Assim o democrático deixa de ser adjetivo
para se tornar prática.
Referências
Dourado, Luiz Fernandes. Progestão
: como promover, articular e envolver a ação
das pessoas no processo de gestão escolar?,
módulo II / Luiz Fernandes Dourado,
Marisa Ribeiro Teixeira Duarte ;
coordenação geral Maria Aglaê de Medeiros Machado. --
Brasília : Consed – Conselho
Nacional de Secretários de Educação, 2001.
Colégio Est. Padre Gama: Projeto
Político Pedagógico, 2010.